Friday, December 17, 2010

@ jornal do Lidl

Lisboa, Dez'10
Quem disse que no caixa não haviam boas notícias?!...

Wednesday, December 8, 2010

O país precisa de um banho

Lisboa, Nov'10
O pós-Portugal de Joana Vasconcelos.

Friday, December 3, 2010

Momento de Austeridade

Thursday, November 18, 2010

Medalhas

"O Homem acredita nos deuses, o inverso é que ainda está por provar" *

Serge Gainsbourg in "Pensées, provocs et autres volutes" ed. Le Livre de Poche, Paris 2006, pág.93

* Uma tradução livre para L'homme a créé des dieux, l'inverse reste à prouver

Monday, November 8, 2010

Saturday, October 23, 2010

Prec & Perec


Ontem fui à FNAC abastecer-me do último Perec.
Como não o vi na secção de literatura perguntei a uma assistente se já estava disponível.
A jovem foi ao computador e respodeu sim, sim...já está! Venha comigo.
Caminhámos para a secção de livros de Economia e Gestão (!) e lá estava.
Agradeci e disse à jovem que o Perec iria achar muita graça à classificação que a FNAC lhe aplicou.

Passei lá hoje e já estão na secção de literatura...

Wednesday, September 29, 2010

FMI



Em alta rotação.

Monday, September 6, 2010

2 paródias para Acrílico e Tela

Título A pintura explicada às crianças após Yves Klein, 2010 

Título O sonho da cabra de Rauschenberg após a visão das quatro estações de Man Ray, 2010

Sunday, August 15, 2010

Não contei... A 'olho' vejo que estão muitos livros em espera. E por 'obrigação' devia andar a ler 100 páginas p/dia...devia. Mas não estou. Ainda assim cito:

 «(...) Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam, não duro nem para metade da livraria. Deve certamente haver outras maneiras de se salvar uma pessoa, senão estou perdido. (...)».
De Almada Negreiros  in "A Invenção do Dia Claro", 1921

Friday, August 6, 2010

Num Minuto


In Histórias de 1 minuto, Vol. 1 de István Orkény.

Saturday, July 31, 2010

Dizem que...

Talvez até melhor que o Ulisses do Joyce, talvez...

Monday, July 12, 2010

A bola

Como bom (isto sou eu a gabar-me) sub-chefe de família lá estive a ver a bola.
Tirando ali uns 15 minutos que adormeci entre os 20 e os 35 da primeira parte a "coisa" (era assim que o Duchamp se referia às obras) foi muito interessante. Fiquei a saber que há zonas no campo em que é proíbido perder a bola (julgava eu que era sempre poíbido tratando-se de um desporto com bola) e que o treinador holandês veste de cinzento para dar 'sorte' embora não o admita. O treinador espanhol é muito parecido como o meu tio Valdemar que já morreu. Ás tantas fui avisado que a Espanha estava a jogar num 4 3 3 com raça e inteligência, fiquei descansado.
Mais tarde provou-se que os espanhóis desmontaram a máquina humana. Foi o fim.
Venha o campeonato.

Para despedida volto ao Duchamp que se considerava um "Engenheiro do Tempo Perdido"*.

* "Engenheiro do Tempo Perdido", entrevistas com Pierre Cabanne

Monday, July 5, 2010

Das CONCERT



A vuvuzela alemã em formato sinfónico.

Friday, July 2, 2010

portugal portugal portugal

O D. Sebastião foi para Alcácer Quibir
de lança na mão, a investir, a investir,
com o cavalo atulhado de livros de história
e guitarras de fado para cantar vitória.

O D. Sebastião já tinha hipotecado
toda a nação por dez reis de mel coado
para comprar soldados, lanças, armaduras,
para comprar o V das vitórias futuras.

O D. Sebastião era um belo pedante
foi mandar vir para uma terra distante
pôs-se a discursar: isto aqui é só meu
vamos lá trabalhar que quem manda sou eu.

Mas o mouro é que conhecia o deserto
de trás para diante e de longe e de perto
o mouro é que sabia que o deserto queima e abrasa
o mouro é que jogava em casa.

E o D. Sebastião levou tantas na pinha
que ao voltar cá encontrou a vizinha
espanhola sentada na cama, deitada no trono
e o país mudado de dono.

E o D. Sebastião acabou na moirama
um bebé chorão sem regaço nem mama
a beber, a contar tim por tim tim
a explicar, a morrer, sim, mas devagar

E apanhou tal dose do tal nevoeiro
que a tuberculose o mandou para o galheiro
fez-se um funeral com princesas e reis
e etcetera e tal, Viva Portugal.
Sérgio Godinho, Os Demónios de Alcácer-Quibir

Thursday, June 24, 2010

Mário



Volta que estás perdoado!

Monday, June 21, 2010

Para Saramago

Num meio dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia
Vi Jesus Cristo descer à terra,
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu,
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras,
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem

E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.

Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três,
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz

E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz no braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras nos burros,
Rouba as frutas dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as cousas,
Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus,
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia,
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.

Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que as criou, do que duvido" -
"Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
mas os seres não cantam nada,
se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres".
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.
Alberto Caeiro
O Guardador de Rebanhos - VIII

Sunday, June 13, 2010

Um mestre

Ralph Gibson Sleeping Chinaman, 1961

A não perder de vista.

Thursday, June 10, 2010

Por tu gal?

Alcobaça 2010

Tuesday, June 8, 2010

Estória

«Quando se põe um espelho a oeste da ilha da Páscoa, ele atrasa-se. Quando se põe o espelho a leste da ilha da Páscoa, adianta-se. Mediante delicadas medições pode encontrar-se o ponto em que esse espelho estará na hora, mas o ponto que serve para esse espelho não é garantia de que sirva para outro, pois os espelhos são feitos de diferentes materiais e reagem segundo lhes dá na telha. Assim, Salomón Lemos, o antropólogo de serviço da Fundação Guggenheim, viu-se morto de tifo ao olhar para o seu espelho de barbear, a leste da ilha. Ao mesmo tempo um espelhinho que ele esquecera a oeste da ilha da Páscoa reflectia para ninguém (estava perdido entre as pedras) Salomón Lemos com calções a caminho da escola, depois, Salomón Lemos nu na banheira a ser entusiasticamente ensaboado pelo pai e a mãe, depois Salomón Lemos disse ‘ah’ para grande emoção da tia Remeditos numa fazenda do município de Trenque Lauquen»
in Julio Cortázar, Histórias de cronópios e de famas, Ed. 70, Lx, 1987

Tuesday, June 1, 2010

Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres

Ponta Delgada, Mai'10

Fui ali a Ponta Delgada ou "larvatus prodeo"?

Sunday, May 30, 2010

Lá está



Boris Vian, Le Déserteur (1968)

Wednesday, May 19, 2010

Pelo sim, pelo não...ao Kilo

Cáceres & Badajoz, 2010

Friday, May 7, 2010

Estrategicamente


No ar...

Sunday, May 2, 2010

Tributo

De São Martinho do Porto ao mestre Sugimoto.

Friday, April 30, 2010

Um produto revolucionário


A partilha de um superior momento de criatividade...digo.

Sunday, April 25, 2010

Fotografia

A partir do "Guia de Conceitos Básicos" de Nuno Júdice e do "nú" de Atget.

Monday, April 12, 2010

Publicação esgotada

Logo... quem leu, leu. Quem não leu, não leu. É a vida!

Friday, April 2, 2010

Antes e depois...

Ponta Delgada, 2004 » 2010

Tuesday, March 30, 2010

Anciedade

BPARPD, Fev'10

De modo(s) que lá fui aos Açores ou onde se topa que em tempos ansiedade escrevia-se com C...

Sunday, March 28, 2010

CO2

Passenger to a sexy Air Hostess

- What is your name?

Air Hostess answers

- Benz, Sir!

Passenger says

- Lovely name. Any relation with Mercedes Benz?

Air hostess

- "Same price, Sir."

Friday, March 26, 2010

Ainda ontem...

Foto Alexandre Correia Mar'10

Monday, March 22, 2010

Parece que foi ontem...

Fotos Alexandre Correia Mar'10

Thursday, March 18, 2010

Cacaso *



Antônio Carlos de Brito (Cacaso), in “26 Poetas hoje” de Heloísa Buarque de Hollanda

Tuesday, March 16, 2010

Estado líquido


Vértice é talvez o melhor espumante pátrio...talvez...e o tinto é o que se sabe...de modos que!

Friday, March 12, 2010

Leica M3


E Espanha mesmo aqui ao lado...

Thursday, March 11, 2010

Semana da Cultura Açoriana

Teatro São Luiz, Lisboa, Março'10

Monday, March 8, 2010

Briefing

Este blogue parte da necessidade em compilar os escritos fotográficos e avulsos de uma ponte aérea informal, que perdura há já alguns anos, mas cuja operacionalidade nunca dependeu, por exemplo, de um serviço Low Cost. 
O objectivo é incerto. A missão, contudo, está no terreno.


Alexandre Correia, Mar'10